Últimmas Folhas

8 de novembro de 2013

Sonho, 08 de setembro de 2011

Muito assustador.
Era uma cidade. Outra cidade? Pequena cidade?

Um orfanato? Ou uma escola? Toda reformada, bonita, grande, arejada... Mas assustadora. Com uma pintura nova. Mas antiga. Eu continuava vendo outra imagem da casa - com um papel de parede azul floral, meigo, mas desbotado, assustador. Uma diretora horrível, cruel. Crianças apavoradas. Ficavam num "salão" escondido, atrás da parede. Pequenas camas de campanha para todas elas, sem privacidade, dormiam como se fossem em bancos de Igreja.

Aconteceu alguma coisa. Um fogo, uma enchente, alguma coisa. Trancaram as 1500 crianças nesse salão secreto enquanto o fogo se espalhava pelo casarão. Fogo? Não sei...

Ninguém lembrava disso. Ninguém sabia do salão secreto onde eles mantinham as crianças. Havia brinquedos lá dentro, camas reviradas. Eu conseguia ouvir as crianças correndo para a porta secreta e batendo, desesperadas, implorando pra saírem. Muitas morrem no tumulto... Onde está a professora?

Tem uma loja de DVD. Dois seriados atraem minha atenção: um com a capa toda branca, sobre "Vila Primeira" (???), um reino. Um rei. Seus amigos. Capa branca. Talvez um dragão branco. O mistério da história. Outro seriado: capa escura, não lembro. Definitivamente sobre dragões. Talvez fadas também. Era sobre o livro que eu estava lendo. Talvez Guerra dos Tronos, o seriado e o livro. E... Não lembro. Eu assistia uma parte desse seriado, mas nem o livro nem o seriado eram sobre Guerra dos Tronos.

Eu volto para o orfanato/escola... Estou preocupada, apavorada com aquele lugar. Tem uma menina comigo lá. Só nós duas. Discutimos por causa do passado do lugar, ela não acredita, mas eu sim. Vemos coisas, todos veem coisas naquela casa. Tem um menino em particular, com uma mão machucada (queimada?), que nós nunca vemos o rosto dele... Ele está sempre de costas, tentando abrir portas.

No hall de entrada do casarão tem uma parede coberta com umas cortinas/tapeçarias. Bem na entrada mesmo. Nós estávamos discutindo, e de alguma forma arrebentamos a tapeçaria/cortinas... E vemos que há alguma coisa atrás dela. Puxamos, e puxamos. Há um papel de parede amarelo de borboletinhas. Mas ainda há algo embaixo. Puxamos e arrancamos mais, e vemos um papel de parede floral azul - igual ao da casa antigamente. E, embaixo dele, uma pequena porta secreta. O salão/dormitório secreto das crianças estava escondido bem na ENTRADA do casarão!



Entramos, vemos as coisas velhas, mas inteiras, lá. Caminhas, brinquedos, roupas... Os bancos (tipo de Igreja) eram como as camas das crianças, cada um com um pedaço onde colocava seu colchão e dormia. Não há corpos nem esqueletos, não há sinal de crianças além da bagunça. A porta que abrimos dá no topo do salão - os bancos estão em uma escadaria semi-circular, a cada passo que damos, a cada linha de banco que atravessamos, descemos um degrau, até chegar lá embaixo, onde há um púlpito - para a diretora. Há uma tapeçaria puída e velha atrás do púlpito, e mostra uma imagem de um dragão.

A atual professora que trabalha na escola está fazendo seu café da manhã. Ela tem uma visão aterradora e desmaia, e se corta. A polícia chega e começa a confiscar os bolinhos que ela fazia, pois suspeitam de envenenamento. Ela acorda e diz que não é nada disso, deixem os bolinhos em paz, ela pede. Está preocupada. Viu o menino da mão machucada.

De repente, penso que ainda pode haver algum sobrevivente dentro do casarão. Estaria velho, mas tanto o exterior quanto o interior do casarão são fechados a sete chaves - cada sala é mais difícil do que a outra de abrir - fechaduras fortíssimas, vários cadeados, portas emperradas, portas secretas. Há como se fossem lojinhas no casarão. Três ao todo. Só abrimos uma. Talvez nas outras duas ainda haja sobreviventes. Não havia sinal de morte no salão. Elas devem ter escapado. Lá embaixo, próximo ao púlpito, havia uma pequena porta lateral. Talvez eles tivessem conseguido sair por ali, e talvez alguns ainda tenham sobrevivido vários anos... Tínhamos que abrir todo o casarão e procurar!

Mas abrir todo o casarão parece assustador, parece um perigo. Talvez se abrirmos libertemos alguma coisa terrível, não só sobreviventes... Há um medo grande em abrir todas as portas e janelas do casarão.

Há uma fadinha. Ridícula. Pequena. Com asas de borboleta. *Rosa*, meu deus. Ela está conosco. Sempre esteve, mas só agora aparece. Não estranhamos sua presença. Ela quer nos ajudar. Ouvimos uma história. Sobre o orfanato/escola. Havia um dragão que cuidava de tudo, mas o dragão desapareceu, ninguém sabe que fim levou. Morto, alguns dizem. Enterrado embaixo do casarão, dizem outros. Foi o causador do que destruiu o casarão - mas nada disso é verdade. Ele era o protetor do lugar. Depois do desastre, se escondeu no rio que cortava a cidade, um rio que corria de oeste-leste e dividia a cidade em duas - a metade do sul era Brasil e a outra metade, Canadá (????). A fadinha ridícula vai procurar o dragão no rio. Ela mergulha, consegue passar muito tempo debaixo d'água sem precisar voltar a superfície, mas em algum momento, precisa voltar. Ela mergulha fundo, vê vários animais. É tudo muito lindo lá embaixo - o rio não parece tão grande e tão profundo visto da superfície.

Duvidei que um DRAGÃO pudesse se esconder ali - além do mais, ele não era um animal aquático, como conseguiria? E se fosse o caso, por que não havia relatos de uma criatura estranha no rio, como uma lenda de monstro do Lago Ness? A fadinha ridícula foi até o outro lado do rio - o lado canadense. Haviam construído uma espécie de canteiro no meio do rio, para dividir os lados, e a fundação do longo canteiro ia até lá embaixo mesmo no rio, fazendo uma barreira de concreto entre um lado e outro, por vários quilômetros - mas não ia de uma ponta a outra do rio.

A fadinha viu uma baleia orca, e um tubarão também. Ficou apavorada e acelerou. Às vezes ela voava para superfície para tomar ar, e mergulhava de novo. Algumas partes do rio eram muito rasas, outras, muito fundas e escuras. Em uma parte rasa do rio ela deu de cara com o tubarão - quase completamente fora d'água, era muito muito raso pra ele. Ela ficou assustada, achando que ele ia comê-la, e ela acabou perguntando por que ele não a atacava logo. Ele disse que fazia anos que não sentia fome, pois se alimentava muito bem sem fazer esforço. Ela pergunta como. E ele conta que tem um "insetinho" em forma de lagartixa que dá cabo dos peixes grandes e ele vive dos restos de comida dessa "lagartixa" - que é dragão, mas ele só o vê de longe, então ele parece um animal pequeno. No fim, o dragão é esguio e fino, e pode viver em água tanto quanto pode viver em terra. Ele não cospe fogo como alguns dizem, e depois que houve aquele acidente no casarão, ele se escondeu no rio.

A fadinha continua a procurá-lo, mas ela é carregada pela correnteza e termina numa margem rasa do rio - e descobre que a baleia orca que ela viu era um boneco inflável de praia.

O casarão é tão grande que só está parcialmente reformado - várias salas são impossíveis de serem abertas e estão entregues ao tempo. O dragão poderia nos dizer o que aconteceu ali, e se há alguém vivo.

Alguém quer nos contar alguma coisa. Sobre as crianças. Sobre o que lhes aconteceu. Não lembro. O que aconteceu? A diretora era culpada, mas ela sumiu... Não lembro.

Na verdade, há um sobrevivente, que vive de restos desde que todos os garotos fugiram do salão, mas um a um eles foram morrendo, até só restar ele. Quase esqueceu como se fala, vive feito um bicho, e quase não percebeu que havia pessoas nas outras áreas do casarão que não estavam abandonadas - ele não consegue chegar nelas, porque está trancado. Se pudesse, já teria saído de lá.

Os seriados... os seriados eram importantes. Eram ótimas histórias. Não consigo lembrar...

Sonho maluco. Fadinhas ridículas, dragões-lagartixas, criancinhas queimadas, gente esquisita...